sexta-feira, 31 de agosto de 2007

De carne, sangue, ossos e SINAPSES BEM FEITAS!

...quando eu disse que era a infelicidade que me fazia escrever sempre. Ela me prende, nunca me deixa respirar, por isso ficava sempre tão doente.
E depois que começo a conhecer uma outra vida que não se mostrava a mim, também começo a perceber que há coisas mais interessantes a fazer do que sentar na frente da tela e digitar meus pensamentos desconexos. Ainda depois de ter escrito esta frase, estou sentindo que perco meu bom senso da escrita.

Volto a perceber que agora, mais do que nunca, preciso confiar mais em algumas pessoas do que em outras que antes desconfiava demais e vice-versa. Entro num mundo que me engole pelos interesses, pode me chutar pelas falhas. Não posso errar. Estou na corda bamba, em cima de um caldeirão gigantesco de soluções fumegantes (isso foi pura nostalgia potteriana). Comportar-me-ei.
Acumulo livros e revistas para ler. É um bom sinal, não acontecia há séculos. Arranjo ainda aquele espacinho de tempo literário antes da minha hora sagrada. Pratico "shinsokan" quando posso e lembro só pelo poder de acalmar. Sinto-me muito mais jovem (ou "djovem", como dizem umas desvairadas haha). Estou em processo de abolição dos pensamentos negativos. Quero começar minhas aulas de dança novamente. Tento reunir todos os amigos para o aniversário, coisa rara.
Não me sinto mais aquela espírita convicta. Começo a duvidar deste mundo paralelo, criado apenas pelo subconsciente. Allan Kardec me enganou. Dou mais credibilidade a Freud ultimamente, quem diria. Isto também quer dizer uma coisa: aquele medo está indo embora e deixando eu viver em paz.
I just realized that my environment is getting harmonic at this exact moment, while I expose all this and think about it. See? Never underestimate the power of positive vibes. We all simply got what we want.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Será que vai chover amanhã?

Eu gosto da beleza do texto verdadeiro. Aquele sem palavras confusas e difíceis, que tenta chamar mais atenção e acaba perdendo o sentido.
Quero que meu texto desperte a atenção e a crítica pela simplicidade com que é escrito, com uma pitada de ousadia. Se não gostou, certamente não foi porque não entendeu.

Queria eu poder inventar uma escrita nova, o estilo "Bruna" de escrever. Ou será que tenho um estilo próprio a ponto de ser só meu e não percebi? Se sim, é ainda um estilo falho e grosseiro, onde eu mesma me perco e não aproveito a fundo a intenção da escrita. A imaginação ainda se confunde demais com o pensamento: coloca-se de um jeito e acaba-se fazendo entender de outro. Mas quando eu falo, é muito pior. Já mencionei este fato.


Este é mais um daqueles dias em que eu teimo em esperar uma inspiração que se recusa a me visitar por estar com medo de que eu não a represente bem. E o que fazemos quando queremos que o tempo passe, o constrangimento acabe e, com ele, o silêncio? Perguntamos sobre a primeira imagem que nos chega: o tempo. Imagine que agora é mais ou menos isso que acontece: quero dar um fim a esta calmaria que inventou de invadir minha mente e, por isso, escrevo sobre a primeira e única coisa que me surge para acabar com meu fracasso do dia: a própria escrita.


You'll get to read what I really got to give next time. I promise.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Por favor, segurem as bolsas e mochilas à frente do corpo, blá blá blá.." E depois disso um barulhinho mais ou menos assim: Piiiiiiii... E as portas fecharam:Pá!

Outra vez: "Quando ouvirem o sinal, por favor, não entrem ou saiam do vagão. Permaneçam afastados das portas." Outro barulhinho: Piiiiiiiiiiii.. Pá!

Eu perdi a noção de realidade nesse dia e me senti como se estivesse em algum brinquedo realmente empolgante, num parque de diversões. Cada dia mais eu perco minha noção de realidade e não sei se estou dormindo ou acordada. Mas também, que diferença faz? Eu vou ter que viver este sonho, de qualquer maneira.


By the way: infelizmente, era só o metrô.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Quem é você e o que veio fazer aqui?

"A única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas".
Li esta frase outro dia(só digo onde quando terminar de ler o livro) e fiquei admirada (será que me tornarei uma boa filósofa, então??).
As crianças detêm o incrível poder de se admirarem com tudo o que vêem, porque para elas tudo é novo e, portanto, fascinante. Eu as acho as criaturas mais maravilhosas da face da Terra, exatamente por isso. Pena que elas crescem! Desde quando nos tornamos tão estúpidos e conformados com a vida? Desde quando eu sou assim, inerte a tudo o que acontece à minha volta? Quais são os verdadeiros valores da vida? Por que vim pra cá e o que estou fazendo aqui?

Eu comecei a me perguntar tudo isso e quis voltar a pensar como uma criança logo depois que li "O pequeno príncipe", na verdade. Não li quando pequena e acho que, se tivesse lido, não entenderia a mensagem verdadeira que o autor quer passar. Acharia uma simples literatura infantil. Acontece que não é. Li exatamente no momento em que precisava ler. Seria isso uma coincidência ou um daqueles momentos que o destino guardou para mim? Bom, Einstein concordaria comigo se eu dissesse que, talvez, o destino é uma consequência da coincidência. "A coincidência é a forma escolhida por Deus para permanecer anônimo", foi o que ele disse. Pois Deus também não sabe o destino de cada um? Pois então...
Ai ai, eu sempre me distraio da idéia inicial e viajo em outros pensamentos. Voltando. O tal do livro abriu a minha mente ao fato de que, de vez em quando, é bom ser, digamos, ingênua. Só assim enxergamos o que é verdadeiro, enxergamos "com o coração", aquilo que Saint-Exupéry diz ser "invisível aos olhos". Os pequeninos têm a capacidade de enxergar o "essencial". Mas a maioria de nós perde estes valores depois que tudo começa a se tornar banal, infelizmente. E então nos conformamos e vemos a vida passar sem maiores contribuições.

Eu quero ter sempre a mente aberta a novos pensamentos, novas opiniões. Para isso preciso sempre conhecer pessoas novas, diferentes, mas sem esquecer do "essencial". Falta muita coisa ainda pra aprender. E sem o interesse, não há aprendizado. Eu quero voltar a ser uma criança, que olha para um simples balão cheio de ar e acha aquilo a coisa mais linda e extraordinária do mundo.

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original." Albert Einstein